Percam um minuto a ler este texto:
“Os jovens de hoje gostam do luxo.
São mal comportados,
desprezam a autoridade.
Não têm respeito pelos mais velhos
e passam o tempo a falar em vez de trabalhar.
Não se levantam quando um adulto chega.
Contradizem os pais,
apresentam-se em sociedade com enfeitos estranhos.
Apressam-se a ir para a mesa e comem os acepipes,
cruzam as pernas
e tiranizam os seus mestres.”
Parece um retrato mais ou menos fiel do que se passa hoje em dia, correto? Oiço frases idênticas a estas a toda a hora quando se trata dos nossos jovens.
Na verdade, este é um pensamento de Sócrates que viveu entre os anos 470 e 399 A.C.
Como é que um pensamento de há mais de 2000 anos pode parecer ser tão adequado ao presente?
Porque a questão não está nos jovens, mas na nossa experiência, nas nossas referências do que está correto, do que deve ser feito e como deve ser feito. Na verdade, os jovens são iguais desde sempre, como este texto prova, a nossa perceção dessa experiência é que se altera.
Para mim, esta é uma questão essencial para ser educador, pelo menos ter esta consciência, eles na verdade estão só a ser o que têm de ser e na altura certa para o ser.
Até 3ª Feira dia 15.12.2015
Pessoa Ana
*os factos apresentados não são fictícios mas qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.
*este ano letivo as crónicas são quinzenais.