10.02.2015
“- Mas oh stôra, esta é a minha opinião.
-Desculpa mas há questões em que não há lugar para opiniões.”
Foi assim que terminou uma conversa numa aula que estava a ter. Durante o meu percurso, foram inúmeras as vezes que me desviei dos temas da matéria, porque algumas questões se levantavam, questões essenciais ao ser humano, de vida, de formas de ver o mundo e sobretudo, questões que têm a ver com preconceitos.
E é neste ponto que mais uma vez a nossa profissão se torna dificílima. Em que somos confrontados com questões que muitas vezes chocam com a nossa própria forma de ver o mundo. Como é que equilibramos o que nós somos com o respeito pelo que o outro é? Com os seus valores diferentes, opiniões diferentes, visões diferentes…
No meu caso e por mais tendencioso que possa ser, acho que há mesmo questões que não são abertas a opiniões e são as questões que se ligam com os preconceitos. Não posso aceitar que um aluno meu seja racista, xenófobo, homofóbico, machista e tantas outras coisas que infelizmente já me têm aparecido no caminho. Não o aceito sem lhe dizer que é inadmissível, nem o aceito sem refutar muitas das teorias ridículas que por vezes eles trazem para justificar o que dizem.
E é mesmo neste ponto que não acho que haja espaço para opiniões, porque não quero viver num mundo em que eu tenha deixado escapar e aceite uma opinião que se pode tornar numa certeza e, desse modo, transforma-los em pessoas cheias de preconceito.
Até 3ª!
Pessoa Ana
*os factos apresentados não são fictícios mas qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.