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O divórcio no consultório

O divórcio é um tema complexo em todos os contextos. No consultório de Psicologia também o é. A família que se separa vem frágil, abatida e cheia de incertezas face a um futuro diferente que se avizinha. Haverá muitas dúvidas na cabeça da criança, e algumas são muito difíceis de verbalizar ou mesmo de compreender.

É muito importante que haja espaço para a criança colocar as suas questões (“quem me vai levar à escola?”, “quando é que vou ver o pai/mãe?”, “já não gostam de mim?”, “será que fui eu que fiz alguma coisa”?). Dar a entender à criança que esta não é responsável pela separação é fundamental.

O apoio dos pais é assim indispensável. Não é o único fator relevante na adaptação da criança, pois existem fatores intrínsecos à personalidade desta que também serão relevantes neste momento. No entanto é o apoio dos pais que será a peça fundamental deste puzzle. Quando os pais vivem em casas separadas os desafios são muitos, e as discordâncias são por vezes elevadas. Tentando reduzir as mudanças ao mínimo indispensável, e mostrando disponibilidade para ouvir as preocupações da criança é já meio caminho andado para que a situação seja menos complexa. Também o respeito é uma peça fundamental na situação de divórcio e separação.

Quanto maiores os conflitos e quanto mais visíveis para a criança, mais esta se sentirá insegura e angustiada. Torna-se assim indispensável que se estabeleçam pontes de contacto e comunicação positiva entre os progenitores – se os pais conseguirem dialogar e entender-se em relação aos filhos, eles conseguirão ultrapassar este período de crise com o mínimo de ansiedade e perturbação.

Lúcia Bragança Paulino